Maranhão passa de 18 mil queimadas em 2017 e tem pior índice em 6 anos

É preocupante o índice de queimadas no sertão maranhense. Em Mirador já se registra incêndios florestais em toda as localidades do município, principalmente nas áreas de chapadas.

As fotos abaixo mostram a destruição causada pelo fogo e nenhuma ação do governo se faz presente para contar esses incêndios, cujo índice já é considerado como um dos maiores dos últimos anos.

Nessa região os meses de agosto e setembro, época de ventos fortes, umidade relativa do ar baixa, altas temperaturas e falta de chuvas, é o período que se registra o maior número de queimadas e  Mirador  por ser extenso e abrigar uma unidade de conservação com 438.000 hectare (62% do município), figura como de alto risco de queimadas.

Nessa área de canavial (foto ao lado) que foi queimada no ano passado vítima de queda de rede elétrica, não foi tomada nenhuma providencia da CEMAR, que seria roçar a rede de alta tensão que passa por dentro do capim e do canavial, trocar os postes quebrados e repor as cruzetas destruídas, mas nada foi feito e esta semana no mesmo local quebrou um dos cabos que só não causou tragédia novamente porque o fusível abriu, ficando sem energia.

O JM teve em quase todo o municipio e constatou queimadas na região dos Cocos, Pacas,Conceição, Sanharó, Santana,Brejão, Sitio Seco, Machado, Taboca, Exu, São João, Sitiozinho, Brejão, Liso, Mato Frio, Chapadinha, Buriti, Bananas, Mangabeiras, Matias e no Parque estadual de Mirador.

O Maranhão este no já teve mais de 18 mil focos de queimadas registrados até o último dia 17 de setembro de 2017, segundo divulgou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. O número de incêndios florestais representa um aumento de 76% se comparado aos focos registrados no ano anterior.

Destes incêndios, mais de 10 mil foram registrados no intervalo de 1º ao dia 17 do mês de setembro, deste ano. Este é considerado o maior já registrado nos últimos seis anos – o que mantém o Maranhão como o terceiro estado brasileiro com maior número de queimadas, atrás apenas do Pará e Mato Grosso.

Segundo o INPE, quase todas as queimadas são causadas pelo homem, seja de maneira proposital e/ou acidental. Estão entre as razões de incêndios e queimadas o preparo do solo para a formação de pastagens, preparo de solo para plantio, desmatamento para grandes projetos e simplesmente queimar para facilitar a caça de animais silvestre que é comum na região. Existe também casos de queda de raios, queda de rede elétrica que tambem contribuem para que esses incêndios aconteçam.As queimadas destroem a fauna e a flora nativas, empobrece o solo, reduz a penetração de agua, afeta os ecossistemas, reduz a biodiversidade, destrói as nascentes e interrompe o fluxo dagua, intensifica o processo de erosão e o assoreamento dos rios, perda da diversidade genética e é prejudicial a saúde humana.

O municipio de Mirador abriga a terceira maior Unidade de Conservação do estado, criada em 1.980 com o objetivo de preservar as nascentes dos rios itapecuru e alpercatas e as diversas formas de vida no cerrado maranhense. Nele é permitido apenas o uso indireto de seus recursos, ou seja, é proibido qualquer atividade que envolva consumo, coleta, dano ou destruição de seus recursos naturais, mas o que se ver é o contrário, é a caça predatória e com o uso de queimadas, criação extensiva de gado, extração de madeira de lei e tráfego de animais silvestre. O parque é assistido diretamente pela SEMA, que acompanha de longe, visitas esporádicas e sem nenhuma ação direta que proiba esses danos que destroi anulamenet o meio ambinete.

A foto ao lado mostra a fusão do Rio Itapecuru com o Rio Alpercatas, em Colinas.