QUEIMADAS EM MIRADOR AVANÇAM E JÁ CHEGA EM TODAS AS REGIÕES DO MUNICIPIO

O período crítico das queimadas na região é o mês de setembro e este ano não é diferente. Em Mirador o fogo avança e já chega em todas as localidades causando enormes prejuízos econômicos, sociais e ambientais.

As ações do governo do estado e federal se limitam ao Parque Estadual que é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral. As ações dos dois governos através do Corpo de Bombeiro e o Batalhão de Policiamento Ambiental atuam com equipes limitadas e somente dentro do parque, enquanto isso, o fogo se alastram e já chega próximo da área urbana da cidade. A pedido do IBAMA, o Ministério da Justiça enviou uma equipe de 30 homens em 10 viaturas da Força Nacional para auxiliar nos serviços, mas a atuação se limitou a área indígenas de Porquinho e como estava sob controle seguiram para a região de Grajaú.

As queimadas acontecem todo ano e começam pelo parque por ser uma área extensa, sem gestão direta e apenas com trabalhos paliativos.

O município de Mirador, apesar do parque está dentro de seu território, não tem responsabilidade direta, pois a UC é estadual, sob a direção da SEMA. O correto seria uma gestão compartilhada que envolva o município e a sociedade civil organizada. O Parque com área de 437.800 hectares (62% do município), foi criado pela Lei 7.641, de 4 de junho de 1,980, limita-se com os municípios de Formosa da Serra Negra, Loreto, São Félix de Balsas, São Domingos do Azeitão, Sambaiba e Fernando Falcão

A estiagem é caracterizada pela ausência de chuvas e, consequentemente, a elevação da temperatura, tornando a vegetação susceptível ao fogo que se propaga rapidamente e de forma devastadora, destruindo as florestas, a biodiversidade, ameaçando as comunidades e afetando a saúde da população. Na região começa em junho com o fim do inverno e se estende até outubro com as primeiras chuvas do inverno seguinte e o mês de setembro é considerado o mais crítico do período.

Desde o início do período de alerta de queimadas no Maranhão, o governo Carlos Brandão tem ampliado as políticas de prevenção e combate. O Parque de Mirador tem atenção especial com a atuação do Corpo de Bombeiro e o Batalhão de Policiamento Ambiental, criou o Comitê de Prevenção e Combate as Queimadas e editou o decreto que proíbe o uso de fogo no período de estiagem.

Além do parque, Mirador precisa de uma estrutura própria e com ações que evitem as queimadas no restante do município, pois nessa área estão os projetos do agronegócio, a agricultura familiar e a pecuária com cerca de 70 mil cabeças de bovinos, além de outros animais.

A estrutura administrativa da prefeitura de Mirador (Lei 185/2009) conta com uma Secretaria de Meio Ambiente com a finalidade de planejar, executar e monitorar a política de meio ambiente e desenvolver ações de preservação, conservação e o uso racional dos recursos naturais e do meio ambiente e conta com recursos financeiros alocados no orçamento anual. Mas a realidade é uma pasta sem equipe administrativa e técnica, sem estrutura de trabalho, consequentemente, com ações limitadas.

Mirador precisa urgentemente, inclusive foi pedido várias vezes na Câmara Municipal pelo ex-vereador Eduardo Galvão, de uma Equipe Permanente de Brigadistas, que seja devidamente treinada e equipada com atuação durante todo ano com o trabalho de conscientização e no combate as queimadas e incêndios florestais.

Nesses dias, as localidades próximas da cidade de Mirador, como, Mato Frio, Sitiozinho, Buritizinho, Sitio Seco, Machado, Exu, entre outros, estão sendo queimadas e nenhuma ação dos governos atuam para amenizar a situação.