A 79ª Assembleia Geral da ONU, realizada em setembro de 2024, reuniu líderes de diversas nações para abordar uma série de crises globais que afetam o mundo, com destaque para as mudanças climáticas, desigualdades econômicas e os conflitos em regiões como o Oriente Médio e Ucrânia. Com o tema “Não deixar ninguém para trás: agindo juntos pelo avanço da paz, desenvolvimento sustentável e dignidade humana para as gerações presentes e futuras”, a Assembleia buscou promover uma visão de cooperação global, embora muitos líderes tenham utilizado o espaço para abordar questões específicas de seus países.

Durante a abertura, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, enfatizou a urgência de reformas nas instituições internacionais e a necessidade de uma transição acelerada para energias renováveis. Ele destacou que o aquecimento global é uma "catástrofe humana" e chamou a atenção para a crise climática, alertando que o mundo está no caminho de ultrapassar o limite de 1,5°C no aumento da temperatura global. Guterres também abordou a desigualdade de gênero e a falta de representatividade feminina na política global, sublinhando que menos de 10% dos oradores da Assembleia eram mulheres, algo que ele classificou como inaceitável​(UN Press)​(Middle East Eye).

No plano internacional, conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia, e a crescente tensão no Oriente Médio, especialmente em Gaza, dominaram muitos discursos. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu a continuidade do apoio à Ucrânia e destacou a necessidade de preservar a ordem internacional baseada em regras. Já líderes do Oriente Médio, como o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também discursaram, com Netanyahu enfrentando protestos de diplomatas que abandonaram a sala em resposta à ofensiva israelense em Gaza​(Middle East Eye).

Além dos debates políticos, a Assembleia abordou questões econômicas, com destaque para as reformas no sistema financeiro global. Guterres reiterou a necessidade de reformar as instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, que não têm sido capazes de oferecer suporte adequado aos países em desenvolvimento. Ele também defendeu um estímulo financeiro de 500 bilhões de dólares anuais para ajudar a atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)​(UN Press).

A Assembleia continua até o final de setembro, com líderes de diferentes nações propondo soluções e buscando cooperação global para enfrentar as crises que ameaçam a paz e o desenvolvimento mundial.