A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), no governo Flavio Dino, é a administradora direta do Parque Estadual do Mirador.  Nesse novo modelo de gestão as ações dentro da Unidade de Conservação são realizadas em conjunto com o Corpo de Bombeiros e o Policiamento Ambiental.

O Parque Estadual do Mirador, com 437.800 há, ocupa 62% do território de Mirador, conta com seis postos avançados: Mosquito, Geraldina, Zé Miguel, Cágados, Mel e Aldeia; distribuídos em pontos estratégicos, construídos nas delimitações para orientar as comunidades e serem pontos para o alojamento de equipes de pesquisa e também servir de base para ações de fiscalização e monitoramento.

O PEM, desde sua criação em 4 de junho de 1980 (36 anos), passa por dificuldades. A melhor atenção foi no governo de Edison Lobão onde na oportunidade foi construído postos avançados e criada equipe própria de administração. Na época comandada pelo Agr. Paulo de Tasso e pelo Engenheiro Florestal, Teodosio Guimarães, depois as dificuldades se sucederam nos governos seguintes, principalmente nos governos de Roseana Sarney. Todos esses anos sob a administração da COOPERMIRA que anualmente venciam os contratos e não eram renovados e quando aconteciam eram para pagamentos atrasados, não tinha estrutura de trabalho próprio e por fim cancelado ainda no governo de Roseana Sarney, dando lugar a OSCIP PRO-SAÚDE que administrou durante um ano e meio, aproveitando a própria mão-de-obra da COOPERMIRA. 

A prefeitura de Mirador, mesmo com secretaria de meio ambiente própria, não tem acesso e participação na administração do PEM, portanto, não tem culpa nenhuma da situação que se encontra. O atual prefeito solicitou da então governadora Roseana Sarney uma gestão compartilhada, mas não foi aceita e nem parceria informal com a SEMA existe, pois, as ações existentes nem se quer chegam ao conhecimento do município. Recursos de compensação ambiente, de licenciamento, muitas, taxas e do fundo amazonia não chegam no PEM e muito menos na gestão do municipio.

No início do ano, por intermédio do vice-prefeito de Mirador, Rony, a SEMA realizou uma audiência pública para tratar da situação do parque e encontrar a forma de administrar. Nesse evento, se fez presente o secretário de articulação política, Marcio Jerry, secretário-adjunto da SEMA, prefeitos e vereadores da região, secretários municipais de meio ambiente, produtores, ambientalistas, sindicatos e autoridades de um modo geral. A questão foi amplamente debatida, mas até o momento nenhuma decisão de governo foi tomada e o PEM segue administrado diretamente pela SEMA

Segundo a Superintendência de Biodiversidades e Áreas Protegidas, de janeiro de 2015 até outubro de 2016 a SEMA esteve presente no Parque Estadual do Mirador 17 vezes, levando fiscais e analistas ambientais. Todas as ações foram de forma conjunta com o Batalhão de Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros do Maranhão. As ações objetivaram fiscalizar toda a área do Parque, realização de Audiência Pública, Ações de Educação Ambiental com a comunidade, Treinamento do Corpo de Bombeiros Militar para combate a incêndios florestais, ação social com a comunidade residente nas proximidades do Posto do Mel.

“O bom mesmo seria um órgão permanente dentro do próprio parque ou no posto sede, na cidade, como existia anteriormente. A fiscalização efetiva afasta as pessoas que causam danos irreparáveis a natureza, como tambem, diminue os custos, já que essas equipes que envolve muitos funcionarios, vem com diarias e gastos com combustiveis

“Esse tipo de trabalho, com visitas esporádicas e anunciadas, e sem equipamentos de serviços, não trazem efeitos positivos e muitas vezes nem são   conhecimento domunicípio”

Nos últimos dias, está sendo ventilado nos sites, blogs e nas redes sociais, foi comentado na câmara de vereadores e pronunciado na câmara federal, as condições que se encontra hoje o parque. A situação é do conhecimento e só se tornou pública após a SEMA retirar os veículos que eram lotados no PEM e que se encontravam no posto sede, mesmo sem gestão.