Segunda-feira, dia 10 de outubro, por volta das 14:00 horas, a Fazenda Buritizinho (12 Kms de Mirador), foi vítima de um incêndio que destruiu 7 hectares de cana-de-açúcar e 15 há de pastagens. Segundo testemunhas, a causa do incêndio foi curto-circuito na rede elétrica que passa no meio do canavial e ultimamente se encontra com postes inclinados, cruzetas quebradas e sem a manutenção da rede de alta tensão que beneficia as localidades Buritizinho, Mutum I, Mutum II, Mutum III e a Fazenda Itapecuru.

A maioria das queimadas nesse período do ano estão relacionadas a imperícias, imprudências e na maioria dos casos é responsabilidade de alguns agricultores que utilizam o preparo do solo para o cultivo de subsistência, como arroz, milho e feijão. O município de Mirador é extenso e beneficiado com energia elétrica em quase todas as localidades. As redes elétricas que dão acesso essas localidades não passam por manutenção e por isso, acontece essas tragédias que causam prejuízos econômico, a saúde da população, afeta a biodiversidade, a dinâmica dos ecossistemas e ao meio ambiente de um modo geral.

Nese período crítico do ano em que a temperatura é elevada, a baixa umidade do ar e o forte calor, é um risco trafegar pelas rodovias e estradas vicinais, como também realizar atividades agrícolas que envolve queimadas, que mesma controlada, pode causar desastres irreparáveis como vem acontecendo no maranhão e Mirador se destaca nas primeiras colocações a nível nacional em foco de queimadas.

Mirador é o 4ª município de maranhão em extensão, tem uma Unidade de Conservação – Parque Estadual do Mirador (área de proteção integrada) com 438.800 hectare (62% do município), sob a responsabilidade do governo estado e que se encontra a dois anos sem administração, com prejuízo enormes com queimadas, caça predatória, extração de madeira e até roubo de bens que se encontram nos postos avançados localizados em pontos estratégicos do parque. A SEMA no novo governo encontrou o parque com sérios problemas de administração, gerenciado por uma OSCIP que pouco conhece a realidade de Mirador, além de problemas administrativos, técnicos e financeiros que levou o parque a passar por problemas de gestão que em dois anos não foram solucionados.