39 ANOS DO PARQUE ESTADUAL DE MIRADOR

4 DE JUNHO DE 1980

Data: 04/06/2019 09:54:28
39 ANOS DO PARQUE ESTADUAL DE MIRADOR

© Foto: JM / Parque Estadual de Mirador

PARQUE ESTADUAL DE MIRADOR: 39 ANOS

O Parque Estadual de Mirador foi criado através do decreto nº 7.641, de 04 de Junho de 1980, no município de Mirador, e compreende uma área total 437.800 hectares. Dentre os objetivos de sua criação estão: Proteger as  nascente do Rio Itapecuru e seu principal afluente Rio Alpercatas e garantir a diversidade de vida animal e vegetal típicas dos cerrados maranhense. Apenas o uso indireto de seus recursos naturais é permitido.

O PEM está localizado na região centro-meridional do Maranhão e seus limites abrangem os municípios de: Fernando Falcão, Formosa da Serra Negra, São Raimundo das Mangabeiras, Sambaíba , Lorêto, São Felix de Balsas, São Domingos do Azeitão e o próprio Mirador.

Na sua vegetação destacam-se diferentes árvores sendo as mais importantes: ipê-roxo, ipê-amarelo, jatobá, sucupira e pau darco e frutíferas como o bacuri, piqui e o murici e a medicinal fava danta onde é extraído a pilocarpina componente de alto poder regenerativo utilizado pelas indústrias farmacêuticas.

A mata ciliar é constituída principalmente por palmeiras de buriti.  Em sua fauna, encontramos algumas espécies de animais ameaçados de extinção como, por exemplo, gato do mato, veado galheiro, urubu-rei, o tatu-canastra, cachorro-do-mato, arara azul, onça vermelha. Outras espécies, como, papagaios, periquitos, perdizes, seriemas, gatos-maracajás, veados, cobra cascavel, sucuri tatus, onça preta, entre outros.

Todos nós sabemos que o tráfico de animais silvestres é crime. O lugar deles é na natureza e isso tem acontecido no próprio parque. Da mesma forma é o desmatamento que avança causando enormes impactos ambientais, destroem as culturas nativas, a mata ciliar dos rios, riachos e lagoas, influenciando negativamente a sobrevivência do parque. A área precisa ser melhor fiscalizada e as comunidades orientadas quanto as necessidades  de preservação. Para controlar melhor e atender visitantes e pesquisadores, foi construído 6 postos avançados e 1 posto sede na cidade: Tem Posto Avançado nas localidades: Mosquito, Aldeia, Mel, Cágados, Zé Miguel e Geraldina.

 A preservação do parque é de vital importância para a proteção das nascentes do Rio Itapecuru, principal manancial para o abastecimento da água de 13 cidades ribeirinhas e a capital São Luís, num curso de 1041 Kms. Devido à sua rica biodiversidade, é hoje uma importante área utilizada por pesquisadores de universidades maranhenses e de outros estados.  

 No interior do parque está localizada a Serra do Itapecuru, com 660 metros de altitude, que funciona como divisor de águas dos rios Alpercatas e Itapecuru. A cobertura vegetal da unidade é constituída principalmente por cerrado, cerradão, matas ciliares e de galeria.

O parque ultimamente vem sofrendo ameaças devido a expansão da fronteira agrícola e uso indevido das comunidades locais. Atualmente moram na área 268 famílias, distribuídas em 56 localidades. Esse número já foi bem maior, mas com a nova gestão feita diretamente pela SEMA, com restrições a caça, a criação de gado e o uso de terra para cultivo, muitos moradores migraram para outras regiões, restando apenas comunidades tradicionais que possuem formas próprias, usam recursos naturais como condição para a sua sobrevivência, utilizando-se de conhecimentos e práticas geradas pela tradição. Recentemente cerca de 186 dessas famílias foram cadastradas e estão sendo beneficiadas pelo Programa Maranhão Verde (Bolsa Verde), criado para fomentar e desenvolver ações voltadas para a recuperação e conservação ambiental.

O parque com 39 anos de existência ainda não dispõe de um Plano de Manejo que defina uma legislação ambiental adequada, regularize de fato e de direito a situação fundiária e identificar terras devolutas fora do parque para a transferência das famílias que desejarem buscar soluções de aproveitamento sustentável.

O trabalho da SEMA, mesmo à distância e com visitas esporádicas e sem estrutura de trabalho, tem proporcionado resultados positivo. As ações geralmente são feitas em conjunto com o Batalhão de Políciamento Ambiental, onde desenvolvem palestras, ações sociais, foi limitado a criação de gado por família, o tamanho de roça e mesmo assim ainda se constata a caça predatória, a extração de madeira, incêndios florestais que destrói a biodiversidade e regularização de propriedades junto a cartório.

Com 39 anos, o PEM já podia muito bem ser melhor administrado, melhor conservado e sua gestão ser compartilhada com o município que cedeu 62% de seu território e não se beneficia de nada, de recursos de compensação ambiental, fundo Amazônia, de convenio, apenas a obrigação de conservar as estradas vicinais e a manutenção de escolas dentro da área.

Nos próximos dias começa as preocupações com as queimadas e todo ano começa pelo parque, provocada pelo clima seco, baixa umidade do ar, estradas vicinais mal conservadas e ações do próprio homem que usam o fogo para facilitar a caça de animais silvestre, causando enormes prejuízos a economia, a saúde da população e ao meio ambiente.

O vereador Eduardo Galvão que se destaca como um dos maiores defensores do parque na câmara de Mirador, cobra ações efetivas do overno, já propos a instalação de uma equipe do Corpo de Bombeiros Ambiental, propos a prefeitura criar equipes de Brigadistas para atuar durante todo o ano e dar mais apoio a secretaria municipal de meio ambiente que se quer tem estrutura de funcionamneto, nem técnico e nem administrativo.

Mirador é o 4a municipio do maranhão em extensão (8.660 Km2), é predominantemnete agrícola e a maioria de seu territorio é ocupado por uma unidade de conservão que preserva as nescentes de dois importantes rios do estado.

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1858 visualizações | Fonte: Jornal de Mirador | Post: Adail Brito

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