“MIRADOR PEGANDO FOGO”

A região do médio sertão maranhense constituída de 16 municípios, inclusive Mirador, vive o momento crítico das queimadas que acontecem todo ano e nenhuma providencia dos governos são tomadas, pelo menos, para amenizar um pouco.

O munícipio de Mirador por ser o mais extenso da região e predominantemente rural e por abrigar uma das maiores Unidade de Conservação, é o que mais sofre. Nesse período em que a temperatura está elevada, as queimadas têm aumentadas diariamente e já se registra incêndios florestais por todo o município, principalmente nas chapadas das Pacas, região de Conceição e Liso e como sempre, no Parque Estadual de Mirador – área de “preservação permanente”.

O período de queimadas na região vai de julho a novembro, com período crítico nos meses de agosto e setembro. No caso de Mirador, com mais de 8.600 Kms2, precisa ser criado equipes de brigadistas, de preferência do quadro de servidores efetivos da prefeitura, que seja devidamente treinada para atuar durante todo o ano com trabalho educativo, previsão de riscos, emergências ambientais e, sobretudo, no combate aos incêndios florestais que causam enormes prejuízos econômicos, sociais e ambientais.

O governo do estado precisa fazer sua parte, ocupar e contribuir efetivamente na gestão do parque, o governo federal, através do IBAMA, deixou a muitos anos de atuar na região, até mesmo o programa de prevenção e combate aos incêndios florestais – prevfogo passou a atuar apenas em algumas áreas indígenas e em assentamentos federais que não é o caso de Mirador. O município dispõe de uma secretaria de meio ambiente, mas sem nenhuma estrutura de trabalha, sem quadro administrativo, sem profissionais qualificados e sem orçamento próprio. Essa situação vem de muitas administrações e agora não é diferente. Precisa integrar melhor o sistema de meio ambiente, aproximando mais o município, o estado e o governo federal. Nenhum programa de prevenção e combate a incêndios florestais terá êxito se não houver integração e participação do governo e de todos os setores da sociedade.

Não é só a questão de queimadas, mas a situação ambiental de um modo geral está cada dia mais prejudicado. É o desmatamento para grandes projetos, a expansão e renovação de áreas para pastagens, que além do fogo, destrói a madeira de lei, as árvores frutíferas e medicinais, afeta a biodiversidade, a flora e a fauna, tudo isso somados a alta temperatura, queda de rede elétrica, queda de raios, o agricultor familiar que queima as roças sem o aceiro adequado e sem convidar os vizinhos, e o pior de todos são os caçadores que queimam com o propósito de facilitar a caça de animais silvestre que é comum na região, fácil de encontrar tatu, Peba, veado, Macaco, Cotia, Pacas, Capivara,

QUEIMADAS CONTROLADAS

A queima controlada consiste em manejar o fogo nas áreas previamente estabelecidas, prevenindo ocorrências de incêndios. O primeiro passo é ter autorização do órgão competente, depois seguir as orientações, como, fazer aceiro com no mínimo 4 metros, notificar os órgãos responsáveis sobre o dia e a hora da queima, avisar aos vizinhos, verificar o clima, a temperatura e a força do vento, preparar o pessoal que vai fazer a queima.